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sábado, 8 de novembro de 2014

Simbolismo


O Simbolismo na Europa

O Simbolismo representou, na Europa, a estética literária do final do século XIX, que foi contra as propostas do Realismo, que valorizava o material e o objetivo. O Simbolismo é oposição vigorosa ao triunfo de coisa e de fatos sobre o sujeito.

O Simbolismo no Brasil

No Brasil, o Simbolismo começou em 1893, com a publicação de dois livros: Missal (prosa) e Broquéis (poesia), ambos de Cruz e Sousa. Estendeu-se até o ano de 1922, data da Semana de Arte Moderna. Diferente do que aconteceu na França, onde o Simbolismo sobrepôs-se ao Realismo e ao Parnasianismo, no Brasil o Simbolismo foi quase inteiramente abafado por esses movimentos, que tiveram muito prestígio entre as camadas cultas do país.Na realidade, no final do século XIX e início do século XX, três tendências caminhavam paralelas: o Realismo em suas manifestações (romance realista, romance naturalista e poesia parnasiana); o Simbolismo, situado à margem da literatura acadêmica da época; e o Pré Modernismo, com o aparecimento de alguns autores preocupados em denunciar a realidade brasileira, como Euclides da Cunha, Lima Barreto e Monteiro Lobato, entre outros.O movimento simbolista chegou ao seu fim com a Semana de Arte Moderna, que neutralizou todas essas estéticas e traçou novos e definitivos rumos para a literatura brasileira.O Simbolismo no Brasil teve um caráter poético. A prosa praticamente não existiu, uma vez que, quando houve prosa, ela foi poesia em prosa e pode ser encontrada na obra de Cruz e Sousa. Os principais autores dessa escola no país foram: Cruz e Sousa, representante máximo da estética simbolista brasileira, Alphonsus de Guimaraens, e Pedro Kilkerry.Momento históricoO Simbolismo refletiu um momento histórico extremamente complexo, que marcou a transição para o século XX e a definição de um novo mundo, o qual se consolidou a partir da segunda década deste século; basta lembrar que as últimas manifestações simbolistas e as primeiras produções modernistas são contemporâneas da Primeira Guerra Mundial e da Revolução Russa.As correntes materialistas e racionalistas da segunda metade do século XIX não mais respondiam às exigências de uma nova realidade, já que o processo burguês industrial evoluía a passos largos, gerando até mesmo a luta das grandes potências pelos mercados consumidores e fornecedores de matéria prima.A unificação da Alemanha (1870) e da Itália (1871) alavancou o processo de industrialização desses países (chamados países de capitalismo tardio) e os colocou na disputa por novos mercados. Por esses motivos, fragmentou-se a África e ampliaram-se as influências sobre os territórios asiáticos; desenvolveu-se, assim, a política do neocolonianismo e tomou corpo o fantasma de uma guerra envolvendo os países europeus. Sempre que se torna difícil analisar o mundo exterior e entendê-lo racionalmente, a tendência natural é negá-lo, voltando-se para uma realidade subjetiva. As tendências espiritualistas renasceram. O subconsciente e o inconsciente foram valorizados, segundo a lição freudiana. O crítico Henri Peyre, em seu livro A Literatura Simbolista afirma: “A literatura simbolista dos dois últimos decênios do século XIX prezou tudo o que era langor, cansaço de viver, isolamento de um público eu ela queria manter afastado de seus arcanos, oposição à civilização tecnológica acusada de materialista.”



Fonte: http://simbolismo1.blogspot.com.br/

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Livro A Normalista


Informações Técnicas

  • Título Original: A Normalista
  • País de Origem: Brasil
  • Gênero: Romance
  • Autor: Adolfo Caminha
  • Ano de Lançamento: 1893

Enredo

A normalista conta a história de João da Mata, um amanuense de Fortaleza que recebe a incumbência de criar a sua afilhada, Maria do Carmo.
Maria do Carmo é uma menina do ïnterior que foge da seca com sua namília e, por conta da morte da mãe e da migração do pai, passa a viver na casa de seu padrinho, o Sr. João da Mata, amigado com Dona Terezinha. educada em colégio de orientação religiosa até tornar-se aluna da Escola Normal, ocasião em que se revela, aos olhos sedentos do padrinho, uma mulher já madura em seus atributos de feminilidade e extremamente atraente.
Inicia, contra a vontade de João da Mata que se mortifica de ciúmes, um namoro com Zuza, jovem estudante de Direito, filho de um dos coronéis da cidade. A relação, que a princípio tem a possibilidade de levar a um compromisso mais sério, é comentada maliciosamente em toda a cidade, e provoca a desaprovação do pai do rapaz, que exige o seu imediato retorno a Recife para concluir seus estudos.
Enquanto isso, João da Mata, que planeja um meio de conseguir seduzir a afilhada, rompe as relações com dona Terezinha, pois esta desconfiava de suas intenções, e hostiliza cada vez mais o Zuza. Uma noite, entra sorrateiramenté no quarto de Maria do Carmo e, fazer do uso de argumentos enganosos e valendo-se da situação propícia em que se encontravam, consegue o que queria.
Maria engravida, e tem que se afastar da cidade para evitar um escândalo maior, esperando o nascimento do bebê em uma casa isolada de uns amigos de João da Mata. O seu filho, em decorrência de um acidente durante o parto, morre. Apesar comentários de toda a sociedade de Fortaleza, a normalista; retoma sua vida de sempre e é redimida pela mesma sociedade ao preparar-se para o casamento com o alferes Coutinho
.



Link onlinehttp://pt.scribd.com/doc/47603260/a-normalista

Espero que tenham se interessado bastante...
Boa leitura para quem for tentar ler!

Biografia


Nome literário: CAMINHA, ADOLFO
Nome completo: ADOLFO FERREIRA CAMINHA
Pseudônimo: FÉLIX GUANABARINO.
Nascimento: 29 de Maio de 1867, Aracati, CE.
Falecimento: 1º de Janeiro de 1897, Rio de Janeiro.



Adolfo Caminha após ter-lhe morrido a mãe, ficando órfão com mais cinco irmãos, foi para a companhia de parentes em Fortaleza. Seis anos depois, em 1883, mudou-se para a casa de seu tio no Rio de Janeiro que o matriculou na antiga Escola da Marinha. Em 1886, saiu a publicação em versos de Vôos Incertos. No mesmo ano, fez uma viagem de instrução aos Estados Unidos. Em 1887, a 16 de Dezembro, promovido a 2º tenente, publicou Judite e Lágrimas de um Crente, livro de contos. Em 1888, regressa a Fortaleza e envolve-se em rumoroso escândalo, ao raptar a esposa de um alferes. O ministro da Marinha interfere, inutilmente, para pôr fim à situação. Em 1890, Adolfo Caminha, pressionado de todos os lados, se demite e com a mulher e duas filhas segue para o Rio de Janeiro, onde vive como funcionário público. Em 1891, fundou, em Fortaleza, a Revista Moderna, e colaborou no jornal O Norte. Em 1893, lançou o romance A Normalista, colaborou na Gazeta de Notícias e em O País. Em 1894, publicou No País dos Ianques, fruto de sua ida, oito anos antes, aos Estados Unidos. Um ano depois, o romance O Bom Crioulo, e Cartas Literárias. Em 1896, ano em que fundou a Nova Revista, publicou Tentação. Atormentado pelas dificuldades econômicas e debilitado pela tuberculose, morre precocemente. Deixou inacabados os romances: Ângelo e O Emigrado.


Fonte: http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/normalista.html

Resenha crítica


Título: A Normalista
Autor: Adolfo Caminha


A Normalista é um ótimo livro, na medida em que preza uma escrita arcaica e bem elaborada como utilizada por Caminha. A forma poética de descrever as pessoas, os fatos e as paisagens, bem empregada pelo autor, é um dos artifícios que me prendem  a leituras como os romances.
O autor, segundo a crítica em geral, usa do romance para se dirigir à uma sociedade hipócrita e arcaica que ignora e desdenha de comportamentos diferentes daqueles considerados ortodoxos. 

Principais personagens do livro A Normalista



Maria do Carmo: protagonista, é aquela que seria a detentora de todas as virtudes físicas, psicológicas e espirituais. No Naturalismo entretanto, encontraremos uma heroína "desfigurada". Pode ser uma mulher bonita, mas não tem qualquer firmeza de caráter. E assim é a protagonista do romance de Adolfo Caminha: um ser belo mas de inteligência inferior, movido pelos instintos e incapaz de modificar a própria existência, deixando-se levar pelo acontecimentos.

Zuza: é o personagem de quem a escola romântica esperaria rompantes apaixonados, sacrifícios em favor da amada, a luta contra todos os obstáculos para viver seu grande amor, não é senão um rapazola entediado com a vida daquela província "atrasadinha". Apesar de inicialmente reconhecer que nutre algum sentimento pela normalista, não vê nesse fato razão suficiente para contrariar os desejos de seu pai, nem os próprios projetos de ascensão social. Lamenta apenas não ter 'usufruído' todas as delícias que poderia haver conquistado em seus namoricos com Maria do Carmo.

 João da Mata: personagem que não merece que se atribua qualquer adjetivo de valor positivo, nem mesmo tem a coragem que demonstravam os vilões românticos para suas atitudes vis, pois age sempre dissimuladamente. Horrendo fisicamente, asqueroso, é um perfeito canalha, sem escrúpulos, sem dignidade, sem qualquer característica que o absolva. Sedutor de menores, caluniador, manipulador na política, usurpador dos bens públicos, reúne em si todos os dotes necessários para protagonizar a história naturalista que se desenrola a nossos olhos.

Fonte: w.passeiweb.com/estudos/livros/a_normalistaww


terça-feira, 4 de novembro de 2014

Resumo do livro A Normalista


Como o próprio nome da obra descreve, a personagem principal é uma moça simples e normal, ela representa toda a população oprimida da época, sofredores da seca.

Maria do Carmo é uma moça do interior, cuja mãe morreu e o pai tentava fugir da seca. Seu pai lhe entregou a seu padrinho João da Mata, por quem Maria do Carmo é criada. João da Mata mora com Dona Terezinha. Maria do Carmo estuda inicialmente em um colégio religioso e depois passa a estudar na Escola Normal, Quando entra nesta escola, seu padrinho começa a vê-la com outros olhos, enxerga nela uma moça com corpo atraente e com muitos atributos, então passa a desejar a afilhada.

João da Mata representa a parte ruim da sociedade, sem carácter e sempre tentando tirar vantagem. Maria do Carmo nesta época inicia um namoro com Zuza, um jovem estudante de Direito e filho de um dos coronéis da cidade. O namoro deixa João da Mata furioso e com ciúmes. O relacionamento entre Zuza e Maria do Carmo parece sério, mal comentado por toda a cidade, e o coronel que desaprova a relação pede que o filho volte para Recife, para terminar seus estudos.

Enquanto isso João da Mata começa a arquitetar um plano para seduzir Maria do Carmo, ele inclusive termina com Dona Terezinha, que já desconfiava de suas invenções. Uma noite ele consegue entrar no quarto de Maria, engana a moça inocente que estava fragilizada e consegue o que queria. Maria do Carmo acaba engravidando e sai da cidade para evitar mais escândalo. Um problema no parto faz com que o bebê morra, então a normalista retorna para Fortaleza, onde por fim fica noiva do alferes Coutinho.

Fonte: http://www.coladaweb.com/resumos/a-normalista